Usina do Gasômetro, por Mário Mourão

Meu amado Rio Grande do Sul dispõe de diversos pontos turísticos para atrair os olhares dos visitantes. Mas nem apenas de chimarrão e bombachas vive o nosso querido território cisplatino. Temos um aprazível museu localizado no coração da grande metrópole gaúcha: a Usina do Gasômetro. Mas diferente do que muitos turistas pensam – e até se frustram acreditando terem sido ludibriados ou vítimas de propaganda enganosa – a Usina do Gasômetro não é, atualmente, um centro gerador e distribuidor de energia.

Fundada em 1928 às margens do rio Guaíba, ela forneceu energia elétrica à base de carvão mineral para Porto Alegre até 1974, quando foi desativada. Em 1989, a Prefeitura indicou o prédio como Espaço Cultural do Trabalho e, a partir de 1991, seus 18.000m² de área total foram abertos à população, recebendo cerca de 1 milhão de visitantes anualmente, além de conduzir visitas de mais de 300 escolas de todo o Estado.

Hoje o espaço e seus arredores – incluindo o Parque da Harmonia – são frequentados pela população que para lá se deslocam nos finais de semana para relaxar e tomar um chimarrão vendo o pôr do sol ao terraço. E nesse contexto de utilizar o espaço para relaxar, uma contradição de objetivos é observada: o cidadão acaba por encontrar um local abarrotado de gente, sem infraestrutura adequada, de estacionamento pouco funcional, transformando o que era para ser algo agradável num verdadeiro caos social.

Relaxando no Gasometro
Relaxar coletivamente com calor humano e suor alheio. Isto é que é bonito. #sqn